Love Rain é
um dorama, seriados muito populares na Ásia, produzido
em 2012 para o canal KBS2 e agora disponível no lote de produções coreanas trazidas pelo Netflix.
A
história se desenvolve durante 30 anos onde primeiro vemos o jovem casal In-Ha e Kim Yoon Hee que se conhecem durante a faculdade nos anos 70 quando ele estudava Artes Plásticas e ela, Economia Doméstica. Estamos então na Coréia do Sul há menos de duas décadas após a guerra responsável por dividir a nação nos blocos capitalista e socialista (no norte).
Entre decepções, desencontros e as próprias limitações de maturidade de cada um, os dois acabam separados. Avançando no tempo, a narrativa foca em Seo Joon e Ha-na, os filhos que eles tiveram com outros parceiros depois. Ambos também se apaixonam sem desconfiar do envolvimento pregresso de seus pais. Paralelamente, In-Ha, agora divorciado, e uma Yoon Hee viúva acabam se reencontrando e tentando restabelecer seu relacionamento.
Em
alguns aspectos, Love Rain lembra as mais recentes novelas de Benedito
Ruy Barbosa: a primeira fase acaba
sendo mais interessante e melhor trabalhada visualmente do que a "atual" quando a história é transposta para o presente. Existe um verdadeiro
primor plástico em muitas cenas e a construções dos personagens é bastante competente, incluindo a maioria dos coadjuvantes, fatos perdidos em sua maioria quando a trama avança 3 décadas e, justamente
aqui, reside o maior problema da série de 20 episódios.
Indo direto à matemática: com 4 episódios passados nos anos 70 e 16 nos dias atuais, ela acaba sendo mais longa do que o necessário e o excesso de personagens coadjuvantes igualmente dispensáveis na segunda parte acaba transformando esta em uma experiência por vezes enfadonha e, por fim, a história acaba se arrastando e sofrendo com algumas situações forçadas do roteiro. Para piorar, parece que algumas cenas foram entregues a assistentes de direção inexperientes tamanho amadorismo em sua condução, algo absurdamente contrastante com o restante do trabalho visto na produção. Enfim, se reduzida em alguns capítulos e cortado-se os personagens coadjuvantes da segunda fase pela metade, um imenso favor teria sido prestado ao produto final.
Indo direto à matemática: com 4 episódios passados nos anos 70 e 16 nos dias atuais, ela acaba sendo mais longa do que o necessário e o excesso de personagens coadjuvantes igualmente dispensáveis na segunda parte acaba transformando esta em uma experiência por vezes enfadonha e, por fim, a história acaba se arrastando e sofrendo com algumas situações forçadas do roteiro. Para piorar, parece que algumas cenas foram entregues a assistentes de direção inexperientes tamanho amadorismo em sua condução, algo absurdamente contrastante com o restante do trabalho visto na produção. Enfim, se reduzida em alguns capítulos e cortado-se os personagens coadjuvantes da segunda fase pela metade, um imenso favor teria sido prestado ao produto final.
Ainda
assim, é uma experiência bastante prazerosa se você conseguir abstrair principalmente
estas falhas. Os aplausos ficam em especial para os atores
principais Jang Geun Suk e Yoona: eles fazem um trabalho magnífico dando
vida primeiro aos pais em sua juventude e depois aos filhos deles.
Ambos passam por uma mudança impressionante quando começam a interpretar a
segunda geração dos personagens tanto física quanto em termos de
composição de suas personalidades (maneirismo, expressão corporal, voz etc) ao ponto de, após assistir alguns
episódios, termos dúvidas se foram os mesmos atores presentes na
primeira fase. Em especial, Geun Suk brilha na elaboração de dois
personagens muito difíceis: o jovem In-Ha é um rapaz de emoções contidas
que usa a arte para comunicar suas emoções e Seo Joon, seu filho,
arrogante e confiante.
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Seo Joon (Jang Geun Suk) e Ha-na (Yoona) sofrem as consequências do relacionamento fracassado de seus pais. |
É curioso notar como o ponto principal da série transita em torno de pai e filho. O primeiro está preso ao passado que não pôde viver enquanto o segundo está igualmente acorrentado a um futuro incapaz de realizar.
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