LÁ E DE VOLTA OUTRA VEZ: UM GUIA PRÁTICO DE COMO O ANTIGO UNIVERSO EXPANDIDO DE STAR WARS ESTÁ SENDO REVISITADO PELO NOVO CÂNONE

O texto abaixo contém vários spoilers, destalhes sobre a trama e personagens, do filme O Despertar da Força. Prossiga apenas se já assistiu o filme ou não se importa em saber segredos de sua história antes de vê-lo.

ATUALIZAÇÃO 21.2.2017: Adicionadas entradas sobre cristais kyber e o mundo original da ordem jedi. As novas adições estão marcas em vermelho.

Star Wars transcende os filmes. Desde 1977, com a publicação da novelização de Uma Nova Esperança, George Lucas abriu o leque de expandir a história de seus personagens em outras mídias. Seguiram-se os quadrinhos da Marvel, as tiras de jornais e mais alguns romances.

No começo da década de 90 em diante, a Lucasfilm resolveu segurar as rédeas e exercer maior controle criativo sobre esse material, evitando elementos absurdos como, por exemplo, os beijos apaixonados trocados por Luke e Leia nos quadrinhos da Marvel entre o lançamento de Uma Nova Esperança e O Império Contra-Ataca. Foi com o lançamento da trilogia de Thrawn de Thimoty Zahn e com a série em quadrinhos Dark Empire publicada pela Dark Horse que começou a se moldar os limites daquilo que ficou conhecido oficialmente como Universo Expandido.

Luke, Han, Lando e Leia ao lado de famosos personagens do Universo Expandido como Mara Jade e Jacen Solo.

E o que era o Universo Expandido?

Basicamente, todo material lançado sob a licença da Lucasfilm era considerado oficial e parte do cânone de Star Wars, fosse livro, revista em quadrinhos, games ou até dicionários visuais com informações sobre personagens. Foram estipulado níveis de cânones baseados em letras:

G - George Lucas, todo material envolvendo os filmes, as novelizações deles, os dicionários visuais ou qualquer resposta dada por Lucas sobre alguma questão do universo dos personagens.

T - Televisão. Apesar de Star Wars já ter a série animada Droids no passado, foi com o lançamento de Clone Wars que se estabeleceu o nível intermediário de cânone entre G e C. O que a série estipulasse se sobrepunha ao C e estava em sintonia com o G.

C - Cobria o restante do material licenciado como games, revistas em quadrinhos, livros, noveletas etc.

N - não-canônica. Basciamente, material descontinuado do cânone como a série produzida pela Marvel e as edições do selo infinity da Dark Horse, histórias que se passavam em universos paralelos mostrando fatos como o que aconteceria se Luke tivesse morrido e Leia tivesse de confrontar Vader. Mesmo não considerados canônicos, personagens e situações destas obras estavam disponíveis a autores e artistas para serem resgatados e reutilizados dentro de qualquer história em qualquer mídia se eles julgassem necessário.

Assim foi até a venda de Star Wars para a Disney. Lucas já tinha um tratamento para o episódio VII pronto bem como para os demais 2 episódios, mas suas ideias foram desconsideradas pela empresa após a compra e eles resolveram seguir com seus próprios planos para a franquia, anunciando que o próximo filme se chamaria O Despertar da Força e traria de volta o elenco clássico de personagens composto por Luke Skywalker, Han Solo, Chewbacca, Leia, C-3PO e R2D2.

Até este ponto, os fãs de longa data ficaram curiosos sobre que tipo de continuidade haveria entre os filmes e todo o material já produzido no Universo Expandido, pois ele cobria muito bem mais de 100 anos após O Retorno de Jedi. Será que a Disney traria para as telas personagens como Mara Jade, os irmãos Solo, o filho de Luke entre outros?

Aqui, cabe o parêntese de apontar a qualidade destes livros, revistas e games. Em termos narrativos, ela era altamente irregular. Enquanto o Universo Expandido tinha produções brilhantes como a série Legacy (discutida abaixo), ele também produziu um número enorme de caça-níqueis medíocres.

A resposta caiu como uma bomba na comunidade em 25 de abril de 2014 da era comum, quando a Disney anunciou oficialmente que estava descontinuando todo o Universo Expandido produzido até ali. Resumindo: todas as histórias dos mais de 4000 anos cobertos ao longo de mais de 3 décadas eram, daquele ponto em diante, invalidadas e não faziam mais parte do cânone, passando a circularem em reedições e encadernados, no caso de livros e revistas, com o título de Star Wars Legends. Oficiais seriam apenas, naquele momento, os 6 filmes, as séries Clone Wars e Rebels, esta uma nova série animada a ser então produzida.

Star Wars Rebels
E não acabava aí: um novo Universo Expandido seria desenvolvido em quadrinhos, livros e games, mas sem levar necessariamente em conta nada produzido anteriormente. Se algum autor julgasse necessário, ele podia resgatar esses personagens ou conceitos, bem parecido com o material do cânone N produzido durante o fim dos anos 70 e dos anos 80.

A medida teve dois motivos: o primeiro foi conceder liberdade criativa para os autores da nova trilogia (e dos novos filmes derivados a serem produzidos pela Disney), pois o período posterior a O Retorno de Jedi tinha sido um dos mais ostensivamente cobertos em livros e revistas em quadrinhos. Era praticamente impossível encaixar uma trama relevante ali sem ter de citar necessariamente vários personagens. A ideia inicial do próprio Lucas para a nova trilogia cobria justamente respeitar alguns destes elementos postulados sob sua autorização, mas a Disney não se mostrou benevolente.

Segundo, existe a questão econômica. É, dólares. Ainda que os royalties desse material licenciado fossem para Disney, a nova dona da franquia, ela lucraria muito mais se produzisse isto dentro de casa. Por esta razão, ela retirou Star Wars da editora de quadrinhos Dark Horse, por exemplo, e devolveu para Marvel, da qual é dona.

O fato é que, a partir de 2014, um novo Universo Expandido começou a ser desenhado, culminando no episódio VII, O Despertar da Força, mas quanto do antigo chegou à produção? Todas as ideias foram de fato descartadas? A resposta vai surpreender você. Abaixo segue um pequeno guia com alguns conceitos, personagens e eventos reutilizados no filme dirigido por J. J. Abrams.

KYLO REN/JACEN SOLO/BEN SKYWALKER

De longe, Kylo Ren é um dos vilões mais carismáticos da nova trilogia. Na verdade, ele é Ben Solo, filho de Han e Leia. Sensitivo à Força, foi treinado por seu tio Luke, mas suas falhas de caráter somadas ao aparente fascínio pela figura de seu avô materno, Darth Vader, levaram-no a ser convertido ao lado negro pelo sombrio Snoke, um personagem ainda envolto em várias perguntas.

Colocado à frente de uma ainda misteriosa organização conhecida como caveleiros de Ren e assumindo o nome de Kylo, Ben promoveu a morte dos demais alunos de seu tio, aparentemente exterminando todos ou quase todos os novos padawans e se aliando definitivamente à Primeira Ordem, um grupo formado por simpatizantes reminiscentes do Império e liderados pelo próprio Snoke.

Kylo Ren

Não se discute que Kylo Ren foi inteiramente baseado no personagem de Jacen Solo quem, nos livros e revistas, era o filho mais velho do casal Han e Leia e tinha uma gêmea, Jaina, além de um irmão caçula, Anakin. Todos os 3 irmãos Solo foram treinados pelo seu tio Luke Skywalker se tornaram cavaleiros jedi. O próprio Jacen foi o mestre de seu primo Ben Skywalker, o filho de Luke e Mara Jade Skywalker.

Jacen se voltou para o lado negro e se tornou um sith assumindo o título de Darth Caedus. Ele promoveu uma onda de terror pela galáxia, assassinando sua tia Mara Jade e torturando seu primo e antigo padawan Ben até ser morto por sua irmã Jaina quando ela falhou ao trazê-lo de volta para a luz.

Enquanto a personalidade trágica e sua história foram tirados diretamente de Jacen, o nome verdadeiro de Kylo, Ben, é, dentro do filme, uma homenagem a Ben Kenobi, mas pode ser traçado até o filho de Luke da antiga continuidade, Ben Skywalker, também chamado assim em homenagem ao velho general jedi.

O NOVO MASSACRE JEDI

Após os eventos de O Retorno de Jedi, Luke funda uma nova Ordem Jedi segundo o pedido de seu mestre, Yoda, e rapidamente recebe vários alunos. Os jedi se tornam novamente um poder na Nova República e assim continuam por mais de 100 anos.

Durante o período coberto pela série de quadrinhos Legacy, a Nova Ordem Jedi ainda se encontra sob comando de um descendente de Luke, Kol Skywalker. A galáxia está dividida entre a Nova República e o Império, agora uma força relativamente boa, até o retorno dos sith.

Darth Kryat, o novo líder dos sith, aboliu a famosa "regra de dois" segundo a qual só poderiam haver um mestre e um aprendiz. Assim como no período de 4000 anos atrás mostrado nos games, livros e revistas da série Cavaleiros da Antiga República, os sith agora são uma legião. Eles acabam tomando o poder de parte do Império, forçando Roan Fel, o imperador, e seus aliados a se unirem à República para derrota-los.

É neste cenário que os siths promovem um ataque direto à academia jedi de Kol Skywalker e exterminam quase todos os jedi, repetindo o feito de Darth Vader mais de um século atrás. Os poucos jedi reminiscentes se aliam à República e aos dissidentes do Império leais ao imperador Roan Fel.

Kol Skywalker e seu filho Cade durante o segundo massacre jedi.

Em O Despertar da Força, ocorre também um novo massacre jedi promovido não pelos sith, mas pelos cavaleiros de Ren, liderados por Kylo Ren, ninguém menos que Ben Solo, sobrinho de Luke. O grupo é mostrado rapidamente numa visão da personagem Rey, mas apenas Kylo Ren aparece com um sabre ativado. Seriam os cavaleiros de Ren usuários do lado negro da Força? Snoke, o fundador deles, é claramente um poderoso usuário do ladro negro.

A REPÚBLICA/A NOVA REPÚBLICA e A PRIMEIRA ORDEM/O NOVO IMPÉRIO

Com os principais expoentes de peso do Império mortos após a batalha de Endor, os rebeldes fundaram a Nova República nos livros e revistas do antigo Universo Expandido. Leia volta a ocupar um cargo de senadora além de suas atividades como jedi, esposa e mãe.

A Nova República logo entra em choque com reminiscentes do Império, especialmente os moffs que controlavam partes consideráveis da fragata imperial, mas permanece como uma força política estável na galáxia durante as décadas seguintes.

O Império, por outro lado, jamais desapareceu. Depois da ameaça dos moffs, ninguém menos que Palpatine reapareceu na minissérie Império do Mal, onde é explicado que ele dominou uma antiga arte sith de transferir seu espírito para corpos clonados.

Star Wars: O Império do Mal.

O lado negro, conforme estipulado no antigo Universo Expandido, tem um custo penoso para seu usuário: ele lentamente leva a deterioração do corpo físico pelas forças as quais manipula. O problema é que isto ocorre em ritmo mais acelerado com clones. O fato levou Palpatine a querer se apoderar do filho não nascido de Han e Leia, sem suspeitar serem os gêmeos depois chamados Jacen e Jaina, para transferir sua mente para um novo corpo saudável e sensitivo à Força. No processo, Luke passa para o lado negro na esperança de derrotar de vez o imperador e só é salvo por Leia e pelos bebês ainda no ventre.

Palpatine é derrotado de vez apenas tempos depois, mas os simpatizantes do Império continuam dominando certos setores da galáxia. Com o passar das décadas, eles fundam um novo Império, desta vez uma força do bem, apesar de viver em uma paz delicada com a Nova República. A casa Fel assume o trono. Os Cavaleiros Imperiais também são formados. Diferente dos sith e dos jedi, eles são uma ordem de usuários da Força que acreditam servi-la através da pessoa do imperador e, influenciados pela tragédia de Palpatine, são obrigados a se comprometerem em matar o imperador caso ele se volte ao lado negro.

No filme, os rebeldes fundaram uma nova república, embora ela seja chamada apenas de República. Hux faz uma menção direta a um senado em atividade o que denota um considerável poder político e vários mundos sob a jurisdição dela, assim como C-3PO (Anthony Daniels) cita a existência de uma frota republicana cujo poder poderia fazer frente ao da Primeira Ordem, o grupo formado por remanescentes do Império. Há uma facção dos republicanos opositores - daí o nome resistência - ao seu avanço, mas você terá de estar atento para pegar estes detalhes: O Despertar da Força não se aprofunda do grande cenário ocorrendo além das coisas imediatas tratadas pelo roteiro ali.

Stormtroopers da Primeira Ordem
Foto: www.idigitaltimes.com

O fato é, ao menos aparentemente e a despeito da superarma da Primeira Ordem, a estação Starkiller, ambas as facções parecem estar em níveis equiparados de poder, enquanto Luke parece ser o grande curinga que pode virar o jogo para um dos lados seja com sua aliança, seja com sua morte.

A MORTE DE HAN SOLO/A MORTE DE CHEWBACCA

Chewbacca morre.
Durante a invasão da raça conhecida como yuuzhan vong, Chewbacca morre ao garantir a fuga dos filhos de Solo de um planeta. A morte dele foi encomendada diretamente pela Lucasfilm por uma razão bem simples e comercial: os fãs reclamavam constantemente que, nos romances e revistas, nunca acontecia nada de relevante aos heróis principais e a seus filhos. Desta forma, o eleito para morrer foi Chewbacca e o dever foi passado ao renomado escritor de fantasia R. A. Salvatore, fato depois mostrado nos quadrinhos que adaptaram o arco Invasão.

Os desdobramentos dos livros ainda mostraram a morte de dois personagens bastante queridos dos fãs: a mulher de Luke, Mara Jade, e Jacen Solo. A morte de Chewie tem um grande impacto moral em Han, que passa a abusar de álcool pela perda do amigo.

No filme, é Han Solo quem morre nas mãos do filho Ben/Kylo Ren, mas as razões, em termos narrativos, parecem ser a mesmas: mostrar ao público que nenhum dos personagens está a salvo, tirando da audiência a zona de conforto com a segurança dos heróis da trilogia clássica.

O EXÍLIO DE LUKE

Seguido à morte de sua esposa e de seu sobrinho Jacen Solo, Luke é exilado pela Nova República por questões de cunho político e até envolvendo o receio do poder dos jedi. Seu filho Ben parte para o exílio com ele.

Em O Despertar da Força, Luke também se encontra num auto-exílio aparentemente pelo fracasso em salvar seu sobrinho do lado negro e pela destruição da ordem jedi a qual tentou reiniciar.

STARKILLER

O nome "Starkiller" assombra Star Wars desde sua concepção. Nos primeiros roteiros de Lucas, o personagem principal iria inicialmente se chamar Annikin Starkiller e seria um padawan do mestre e general jedi Luke Skywalker. Depois de várias mudanças, Annikin se tornou Luke Skywalker, Luke se tornou Obi-Wan Kenobi, enquanto o nome Annikin se tornou Anakin, substituindo Kane, como o pai do rapaz era originalmente chamado.

Galen Marek, o Starkiller.
Em 2009, o projeto multimídia chamado The Force Unleashed foi lançado e, finalmente, Starkiller virou um personagem canônico no universo oficial de Star Wars. Ele era Galen Marek, o filho ainda criança de um jedi morto por Darth Vader em algum tempo após A Vingança dos Sith.

Vader treina o garoto em segredo por anos para matar outros jedi sobreviventes e reclusos, trabalho desempenhado por ele sob o nome de Starkiller. Tudo muda quando rapaz encontra o mestre Rahm Kota, um velho general jedi que sobreviveu à ordem 66 por não confiar nos clonetrooper, liderando, ao invés deles, uma milícia de humanos normais.

Kota encaminha Starkiller a caminho da luz e sua eventual morte ao confrontar Vader e o imperador assegura o então começo da rebelião. Tempos depois, mostraram em The Force Unleashe II que ele foi clonado.

Uma curiosidade: as feições de Starkiller foram baseadas no ator Samuel Winter, responsável por também dublar o personagem.

Com o descontinuamento do antigo Universo Expandido, Galen Marek, o Starkiller discípulo secreto de Darth Vader, nunca existiu, mas a Primeira Ordem criou uma arma inspirada na estrela da morte com este mesmo nome: um grande canhão iônico cravado no meio de um planeta e abastecido pela luz de uma estrela.

Agora, mais do nunca, o nome "Starkiller" entrou de vez para o cânone oficial de Star Wars.

INQUISIDORES SITH

A ideia de que Vader por sua vez tinha uma elite de usuários da Força treinados para caçar jedi escondidos lançada no personagem Starkiller em The Force Unleashed foi retomada na série animada Rebels onde foram apresentados os "novos" inquisidores. Sem atingir o grau de sith, afinal só podiam haver dois, eles são usários da Força treinados no lado negro e altamente podersos. Na primeira temporada, o Grande Inquisitor fez sua estréia, seguido depois pela presença dos "irmãos".

O Grande Inquisidor em Rebels.

Ainda que haja muito mistério em torno deles no novo universo expandido, os inquisidores sith também são um conceito reciclado. Desde o game Dark Force II de 1997 já constava a figura de um inquisidor, Jerec, embora na época eles não fossem parte de uma elite especializada em caçar jedi para o imperador.

No período antes da fundaçao do primeiro império galático por Palpatine, cobrindo mais de 4000 anos da antiga republica e anterior à criação da "regra de dois" por Darth Bane, os sith eram uma legião como os jedi e os inquisidores eram uma das classes dentro da ordem sendo a outra formada por guerreiros.
Um inquisitor do antigo Universo Expandido na época do império sith
(aproximadamente 4000 anos antes de Ameaça Fantasma).

Eles eram os pensadores, estrategistas, manipuladores e filósofos que adentravam profundamente no lado negro sendo praticantes da alquimia sith, personificando o arquétipo do feiticeiro na cultura popular. Pondo de maneira leve, digamos que a alquima sith era a coisa que assustava até aqueles homens que matavam criancinhas como Darth Vader só para sentir o grau de perversão e vilania dos inquisidores. Palpatine era tido como uma figura tipicamente inquisatorial dentro da filosofia sith no antigo Universo Expandido enquanto Vader e Maul, por exemplo, são exemplares dos guerreiros.>

GALEN MAREK/GALEN ERSO

Uma das figuras centrais de Rouge One é o cientista Galen Erso, pai de Jyn e responsável por finalizar o projeto da Estrela da Morte. Embora sem ter qualquer ligação narrativa com o Starkiller de The Force Unleashed, os dois tem o mesmo nome, Galen.



O RETORNO DO SABRE DE VADER

O segundo sabre-de-luz de Anakin Skywalker cumpre um papel simbólico enorme no epísódio IV, Uma Nova Esperança: ele representa o chamado à jornada do herói - termo confecciado por Joseph Campbell, cuja obra influênciou pesadamente o trabalho de George Lucas - para Luke, seu filho.



Luke perde a arma anos 3 anos depois dentro da antiga cronologia quando luta contra Darth Vader na cidade mineradora de Bespin, ocasião onde o vilão corta a mão do aspirante a jedi antes de fazer a fatídica revelação de serem pai e filho numa das cenas mais famosas do cinema pop. A arma, junto com o membro decepado de Luke, caem num imenso fosso, mas não para o esquecimento.

Em O Despertar da Força, a personagem de Maz Kanata tem a arma guardada e entrega a Finn depois de Rey ter uma visão da Força ao tocar o sabre. Como ela chegou às mãos de Maz é algo que a própria não revela, mas o fato em si do sabre de Anakin ter sido reencontrado é novidade? De forma alguma.

Thimothy Zahn na sua famosa Trilogia de Thrawn já havia abordado a ideia. Diversos personagens importantes para o antigo Universo Expandido fizeram sua estréia na obra, a qual é inclusive considerada a pedra fundamental sobre o qual ele foi erguido e seu iniciador oficial. Mara Jade, assassina pessoal do imperador e treinada pessoalmente por ele no uso da Força, é uma deles, assim como o próprio grande almirante Thrawn. Jade aliás aparece inicialmente como uma antagonista. Ela havia sido enviada mata matar Luke Skywalker e sente a morte de seu antigo mestre na segunda estrela da morte, partindo numa vingança pessoal contra o último jedi.

Lá, o jedi sombrio (jedi que passavam para o lado negro sem necessariamente se tornarem sith, são conceitos distintos) Joruus C'baoth decide treinar Luke. Frustrado em suas expectativas de trazer o rapaz para o lado negro, ele resolve então encomendar um clone dele às forças de Thrawn as quais mantém sob seu controle vários recursos imperiais incluindo bancos de clones. Mas como os imperiais tinham o material genético do comandante rebelde? Justamente por tanto sua mão quanto seu sabre terem sido localizados nas profundezas de Bespin. No final, há uma épica batalha entre Luke, Mara Jade contra Joruss e seu discípulo clonado.

A cena final da trilogia é justamente Luke entregando a Mara Jade seu antigo sabre e a convidando a fazer parte da Nova República.


Luke entrega à Mara Jade o antigo sabre de seu pai no final de The Last Command.

Como mostrado acima, Luke e Mara Jade depois se casam e tem um filho, Ben Skywalker (cujo nome foi a base para o de Ben Solo/Kylo Ren). Jade usou o sabre dado por seu marido até ser morta pelo sobrinho dele, Jacen Solo[1] (outro personagem que foi aglutinado em Kylo Ren).

É no mínimo curioso notar como não apenas a ideia do sabre de Vader/Luke foi reciclada em O Despertar da Força, mas como fato dele acabar indo parar nas mãos de uma mulher.

RHAM KOTA/KANAN JARRUS

Fiz um artigo extenso abordando a questão dos usuários cegos da Força aqui (confiram!) onde o paralelismo entre estes e outros personagens personagens é explicado à fundo então nesta matéria está apenas um resumo. No final da segunda temporada de Rebels, Kanan é cegado por Darth Maul com seu sabre de luz, passando então a usar a Força para "ver" e assume sua função como líder "jedi" cego dos rebeldes.

A ideia em si vem diretamente do personagem Rahm Kota, apresentado no projeto multimídia The Force Unleashed. Kota foi um general jedi nas guerras clônica, mas, diferente de seus pares, tinha uma desconfiança inata dos soldados clonados. Por isso, montou seu batalhão com humanos "normais". Quando a ordem 66 foi executada, esta acabou sendo a causa de sua sobrevivência. Ele e seu pelotão continuaram lutaram contra o agora império usando táticas de guerrilha, sendo um dos primeiros focos daquela que um dia se tornaria a rebelião/aliança rebelde.


Kota e sua milícia.

Vader envia Starkiller (ver acima), protagonista da história, para matar o velho jedi. Após um combate sensacional entre ambos, o aprendiz de Vader acaba cegando Kota. Tempos depois, os dois se encontram, ele acaba trazendo o rapaz para a luz, torna-se seu mestre e a soma destes fatos levam o rapaz a se confontrar com seu antigo professor e com o próprio imperador. O ato final de Starkiller acaba sendo a fagulha que acende a aliança rebelde.

Quando a Disney lançou a série animada Rebels, a ideia era justamente contar a formação da aliança rebelde, o que por si já invalidava a narrativa de The Force Unleashed. Com Starkiller, o aprendiz de Vader, devidamente apagado do cânone e transformado numa superarma da Primeira Ordem (ver acima), a questão ficava sobre outros pontos da narrativa. Leia, por exemplo, volta a aparecer na animação (ela tem um papel pequeno, mas decisivo em TFU).

A figura de Kota acabou sendo mesclada à de Kanan especialmente quando ele foi cegado, a cena inclusive é bastante similar. Eles são os comandantes jedi (Kanan não passou do grau de padawan enquanto Kota era um mestre consumado) do começo da rebelião, ambos são sábios e acabam perdendo a visão em lutas contra usuários do lado negro, o que não impede ambos de continuarem suas funções tanto em estratégica quanto em campo.


Kanan, mesmo cegado por Maul, continua um líder rebelde.

"QUE A FORÇA DOS OUTROS ESTEJA COM VOCÊ."

Quando o personagem Chirrut Îwne está pregando na cidade de Jedha em Rouge One, ele diz várias vezes a frase "que a Força dos outros esteja com você". Pode soar estranho ouvir isto sendo "que a Força esteja com você" uma linha tão popular dentro da cultura pop ocidental (especialmente se você já é um fã há mais de 30 anos da franquia), mas o fato é que ela não tem nada de novo.

Nos primeiros esboços do roteiro de Star Wars, os jedi eram chamados de jedi-bendu e eles se saudavam ou despediam usando a frase "que a Força dos outros esteja com você". Posteriormente, em refinações, George Lucas mudou tanto o nome da ordem dos guerreiros quanto poliu a frase-chave para a clássica "que a Força esteja com você" (e depois, para a versão sith, "a Força está conosco" vista no episódio III).

A Dark Horse chegou a lançar uma adaptação de uma destas versões iniciais do roteiro com o nome de The Star Wars onde pode-se ver claramente a frase em uso. A série foi lançada em duas partes no Brasil pela Panini com o título de A Guerra nas Estrelas e é leitura obrigatória para todo fã.


Este fato perdido no tempo dos primórdios das ideias originais que não chegaram à versão final do filme Star Wars, hoje conhecido como Uma Nova Esperança, foi revisitada em Rouge One e não foi a única!

OS GUARDIÕES DE WHILLS

Tanto Chirrut quanto Blaze são referidos como antigos guardiões do templo jedi na lua de Jedha em Rouge One. O interessante é serem chamados de guardões de Whills. Nos primeiros rascunhos de Star Wars, George Lucas tinha a ideia da trama ser contada através de um ser imortal antiquíssimo relembrando a história num tom quase lendário. Seu nome? Whill! Posteriomente, Lucas acabou fundindo Whill com o conceito da Força, uma energia cósmica que permeia o universo. [2]

Rouge One traça um paralelo curioso aqui: é possível que a Força fosse também conhecida pelo nome de Whills o que não é nada novo no antigo Universo Expandido onde povos como os miralukas e até os primeiros jedi chamavam-na por nome diferente.

Lucas depois chegou a cogitar que a trama estivesse sendo contada a partir do banco de dados de 3PO e/ou R2, mas também abandonou essa ideia. O tom lendário ficou com a célebre frase "há muito tempo atrás, numa galáxia muito, muito distante...".

BENDU

Conforme visto em Rebels,Kanan vai se encontrar com uma criatura antiquíssima a qual não está nem no lado da luz nem no negro da Força, o Bendu. O nome vem, como visto acima, diretamente dos primeiros roteiros de Star Wars, onde os jedi eram chamados de jedi-bendu.


GRANDE ALMIRANTE THRAWN

Thrawn é facilmente um dos personagens mais queridos do antigo Universo Expandido e não à toa: sendo o antagonista da trilogia que leva seu nome e escrita por Timothy Zahn, o Grande Almirante se tornou um dos primeiros vilões memoráveis do período pós-O Retorno de Jedi.

Thrawn em sua versão original.
Após a queda de Palpatine pelas mãos de seu discípulo, Darth Vader, as forças imperiais se aglutinaram em vários núcleos de resistência à Nova República. Um dos mais temidos e de maior poder bélico era aquele liderado por Thrawn ou Mitth'raw'nuruodo (seu nome completo em sua língua natal). Estrategista brilhante com fascínio por artes e uma mente fria e objetiva típica de sua raça, ele se tornou um obstáculo formidável para Luke e seus amigos após a "morte" do imperador (depois ficamos sabendo na mini-série em quadrinhos "Império Sombrio" que Palpatine transferira sua mente para um clone, mas isso é outra história).

Thrawn era membro da raça chiss, daí sua pele azul e olhos vermelhos. Originários do planeta Csilla, eles eram um povo recluso da qual pouco se sabia, possuindo uma cultura envolta no extremo senso de ordem, dever e pragmatismo responsáveis por levá-los primeiro a se aliar ao império sith 4000 anos antes dos eventos mostrados nos filmes e depois ao império de Palpatine, sendo a única raça não-humana aceita em cargos públicos e militares. Thrawn, por sua vez, foi o único alienígena a alcançar o cargo mais alto da hierarquia militar imperial, o de grande almirante, numa cerimônia fechada a poucos.


Diferente de Palpatine e Darth Vader, Thrawn apresentou aos leitores uma nova abordagem de um vilão dentro de Star Wars: não era um usuário da Força, frio, racional e que não se dispunha, por exemplo, aos ataques de fúria de Vader, matando quem fracassava ou cometia erros entre seus subordinados, mantendo uma simpatia e um carisma incríveis que consquistaram legiões de fãs.

Com a descontinuação do antigo Universo Expandido, Thrawn, assim como Mara Jade (outra personagem muito importante que também fez sua estréia na mesma trilogia) não se tornaram mais parte do cânone e estraram para a lista de espera aguardando serem ou não reinsideridos no novo cânone da Disney o que não demorou muito ao menos para ele. Quando a série animada Rebels divulgou sua segunda terceira, a grande estrela do trailer foi a chegada do grande almirante numa linha temporal diferente da antiga. Agora ele faz parte do período entre os episódios III e IV e não pós-VI como antes, o que não invalida, claro, a possibilidade dele ficar vivo tempo ao fim da animação e sua ameaça alcançar Luke e sua turma em algum ponto no futuro.


Thrawn em Rebels.

Mantendo aparentemente sua raça como um chiss, a equipe de Rebels fez pequenas mudanças visuais neles, inserindo protunberâncias na testa acima dos olhos e estes, embora ainda vermelhos, tem íris.

Muito em torno de seu passado e de como é a "nova" cultura dos chiss (se houve alguma mudança) continua um mistério, mas um livro sobre Thrawn já está a caminho escrito por ninguém que o próprio Timothy Zahn com lançamento previsto para abril. Confira! E falando em Thrawn...

DIRETOR KRENNIC

É evidente que o visual de Krennic, vilão de Rouge One, foi claramente baseado na farda branca característica de Thrawn, até a forma de disposição das medalhas.



CRISTAIS KYBER

Uma das armas mais famosas do cinema, os sabres-de-luz são a arma icônica de Star Wars. Eles também passaram por reformulação no novo cânone.

Durante o desenvolvimento do antigo Universo Expandido, foi postulado que os sabres-de-luz eram alimentados por critais kyber, responsáveis por canalizar o feixe de plasma emitido assim como pelas diferentes cores da lâminas.


Esquema do segundo sabre de Anakin Skywalker.

Dentro da ordem jedi, havia diversas classes diferentes e cada uma era reconhecida por ter uma cor de lâmina específica: 

- Os guardiões eram aqueles jedi especializados no uso mais físico da Força, os grandes espadachins e estrategistas da ordem. A cor de seus sabres era o azul e era utilizado como um elemento unificador de irmandade dentro da classe;

- Cônsules eram aplicados no aprendizado profundo da Força, os filósofos e diplomatas da ordem. A cor de seus sabres era verde;

- Os sentinelas eram aqueles entre os guardiões e os cônsules, eram especialistas em espionagem, combate e detecção de usuários do lado negro e, por isto, serviam por vezes como guardas do templo jedi em Coruscant. A cor de seus sabres era amarela.

É importante apontar que os cristais se encontravam na natureza com suas cores naturais. Era a afinidade do usuário com a Força que os guiava para a cor "correta" (azul, verde, amarela ou, em casos, excepcionais, outra). Se ele tinha uma disposição para proteger os demais e se engajar nos limites mais físicos da Força, era direcionado para um cristal azul e assim por diante. 

Foi depois explicado que, como parte final de seus treinos como padawans, os aprendizes faziam uma peregrinação ao planeta Illum ou qualquer outro abundante em cristais kyber onde a Força os guiava para seus cristais específicos os quais os acompanhariam pelo resto de suas vidas.


Havia outras cores como laranja e branca, mas estes cristais eram raros. Mace Windu, por exemplo, foi um famoso mestre jedi que desenvolveu uma forma única de combate com sabre-de-luz chamada vaapad, baseada na forma VII, juyo. O interessante é que juyo era uma técnica sith. O vaapad era extreamente perigoso porque exigia que o praticante dominasse seu lado sombrio sem sucumbir a ele e ainda ser capaz de direcionar o lado sombrio do inimigo contra ele mesmo. Por esta razão, Windu foi o único jedi que confrontou e quase venceu Darth Sidious, provavelmente o sith mais poderoso em mais de 1000 anos. Por isto também, a lâmina de seu cristal eram púrpura, uma mistura de azul dos guardiões, classe da qual ele fazia parte, e do vermelho.

E quanto aos sith e seus sabres de lâmina vermelha? 

Bem, havia cristais vermelhos, mas eles eram considerados raríssimos. Havia outro problema: os siths eram usuários do lado sombrio e este era considerado uma forma não-natural de lidar com a Força e a natureza. Resultado: os sith não eram "guiados" a cristais kyber pela Força. 

Como então eles possuiam aqueles em seus sabres?

Muito simples: através da alquimia sith, eles aprenderam a sintetizar cristais kyber vermelhos e estes eram usados em seus sabres. É bom lembrar que até antes a batalha de Ruusan, 1000 antes antes dos eventos vistos nos filmes, os sith usavam ocasionalmente sabres com lâminas de outras cores, encontradas, sintetizadas ou roubadas de jedi mortos. O vermelho se tornou a cor uniforme deles após este conflito. Darth Revan, um dos mais famosos sith e também jedi do antigo Universo Expandido, era famoso por usar dois sabres, um roxo e um vermelho. Por serem artificiais, a lâmina destes sabres causava interferência e ruptura às vezes ao se chocar com as lâminas naturais produzidas pelos cristais kyber, mas quem disse que os sith jogavam limpo quando seu objetivo era, nas palavras de Sidious, "poder, poder ilimitado?".

Havia também outros usuários da Força fora os jedi e os sith. Mais de 100 anos após os eventos de O Retorno de Jedi, um império reformulado formou uma guarda especial chamada de cavaleiros imperiais, famosos por seus sabres de lâminas brancas.



No novo cânone, houve uma mudança sensível na forma como as duas ordens se relacionam com os cristais. O detalhe mais importante é que agora os cristais são translúcidos. Eles não possuem mais coloração própria, ou seja, a cor é ativada através da conexão do jedi com a Força o que mais ou menos confirma a afinidade para batalhas ou meditação do usuário.  

Os jedi ainda saem em perigrinação atrás dos seus enquanto padawans uma vez que isto já havia se tornado cânone na série animada Clone Wars, mas as classes ainda não foram de todo confirmadas apesar da forma como o jedi se relaciona com a Força já ter sido confirmada como fator decisivo para a cor da lâmina.

Quanto aos sith, eles continuam sem poder encontrar através Força seus cristais, mas agora eles também não os sintetizam mais. Os sith roubam seus cristais e, assim como os jedi ativam a cor deles pelo uso natural da Força, eles fazem os cristais se corromperem ou "sangrarem" quando os usam para o lado sombrio, resultando daí a cor vermelha como padrão para os sabres de todos os sith dentro do cânone oficial.

TYTHON/AHCH-TO

A ordem jedi foi fundada mais de 36.000 anos antes dos eventos mostrados no filme. Originalmente, o mundo de origem dela foi o planeta Tython onde peregrinos sensitivos à Força eram atraídos. Eles formaram o primeiro corpo dos je'daii o qual, milênios depois, acabou formando a ordem jedi como conhecida pela maioria dos fãs. Estes eventos são relatados na série Dawn of the Jedi, publicada pela Dark Horse.

O templo jedi em Tython conforme representando no MMO The Old Republic.

Com o passar dos milênios, a localização de Tython foi perdida e ele entrou para o conjunto de lendas da ordem jedi até mais ou menos 4000 anos antes da Batalha de Yavin quando foi redescoberto após uma grande guerra entre a Velha República e o Império Sith onde o último saiu vitorioso. 

Os jedi migraram para lá na esperança de reerguer a ordem, no qual foram bem sucedidos, mas a localização de Tython permaneceu um segredo de estado da Velha República e da ordem jedi para evitar outro ataque ao templo jedi como aquele episódio que ficou conhecido como "saque de Coruscant". Estes eventos são mostrados no MMO da Bioware The Old republic

Acompanhe abaixo a sequência onde os sith, então liderados por Dath Malgus, atacam o templo e o próprio vilão mata o mestre jedi Ven Zallow.




No novo cânone, o grupo de histórias da Lucasfilm/Disney manteve a ideia inicial do primeiro templo jedi estar em um planeta desconhecido e perdido. Embora Tython ainda seja listado como um dos mundos iniciais do desenvolvimento da ordem, ele perdeu o posto de planeta de origem para Ahch-To. O local é também sensívelmente diferente daquele mostrado no game e nos quadrinhos da Dark Horse, mais se parecendo com um remoto e rústico local de contemplação heremita do que o mundo já visivelmente desenvolvido tecnologicamente no qual foi transformado pelos peregrinos e pelas subsequêntes ocupações da ordem jedi.

Luke descobriu a localização de Ahch-To, mas escondeu o mapa antes de partir para lá buscando segredos jedi e a obtenção de sua rota é o motor da trama do episódio 7, O Despertar da Força. O encontro de Rey com Luke é o ponto alto do filme e se dá naquele planeta e pode-se ver aquele que, agora, é considerado o primeiro templo jedi.





CONCLUSÃO

O Universo Expandido criou uma série de grandes possibilidades de histórias, eventos e personagens ainda bastante queridos pelos fãs. Existem até um grupo dedicado a boicotar o novo filme revelando spoilers em redes sociais se a Disney não se comprometer em trazer de volta alguns destes elementos. Exagero? Claro, mas é bom lembrar que Star Wars sobreviveu durante os anos 80 e 90 por conta deste material e do dinheiro investido nele por estas pessoas, continuando a se mostrar uma franquia rentável pela venda destes livros, revistas e games durante e depois o lançamento da nova trilogia.

Se o roteiro de O Despertar da Força se mostrou bastante medíocre em sua história principal, praticamente refilmando 2/3 de Uma Nova Esperança e 1/3 de O Retorno de Jedi, os elementos mais únicos e interessantes do longa são, de fato, aqueles tirados diretamente do antigo Universo Expandido.

Com os episódios VIII e IX e mais dois longas isolados programados, Rouge One e Han Solo, podemos apostar que os novos roteiristas continuarão a se debruçar sobre os elementos do antigo Universo Expandido que valem ser trazidos de volta, mesmo como uma nova roupagem. Na verdade, você pode conferir agora algumas teorias a respeito de Rey e Snoke que esbarram diretamente em releituras de personagens e fatos explorados em livros e revistas aqui.

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Formado em Design Gráfico pela UEMG, apaixonado por História, Sociologia, Literatura, Filosofia, sociedades orientais, culturas antigas e cinema asiático.

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